Créditos: Felipe Carvalho/Arquivo pessoal
Casal pretendia realizar viagem para comemorar a aposentadoria da professora |
Após o acidente, amigos e familiares buscaram logo o atendimento
médico. “Não
era questão de opção, era necessidade. No meu desespero ao ver os cortes nas
duas pernas, cortes nas mãos, sangue escorrendo pela rua, enquanto crianças
vieram em minha casa chamar o meu marido, um vizinho chamado Miguel, no susto
quando viu os cortes, saiu corrrendo para pegar o carro. A Tânia trouxe gases
para tentar estancar o sangue. O Iran a me sustentar no colo, não podia mais
andar. Me colocaram no carro do Miguel, a quem se possível quero esternar o meu agradecimento e ele me acompanhou, junto
com o Silas até receber os primeiros socorros”,
disse.
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Ângela sofreu cortes nas duas pernas e no dedo indicador |
A vítima procurou atendimento na UPA 24 horas, mas não pode ser
atendida na Unidade. Ângela estava com os tendões do pé cortados e já não
conseguia se movimentar sozinha. Precisava da ajuda de seu marido, que ficou no
banco de trás do carro do vizinho Miguel, que levou o casal ao Hospital Nossa
Senhora de Fátima, localizado em Nova Iguaçu, onde foi atendida pelo Dr. Marcus
Vinicius, Dr. Antonio Coutinho e Dr. Antonio Coutinho Júnior. Eles realizaram o
atendimento inicial, mas o caso era de cirurgia e teria que ser feita por um
especialista de pé, em no máximo 15 dias após o acidente, pois senão as sequelas seriam ainda maiores. Ângela operou no
INTO (O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia
Jamil Haddad), órgão do Ministério da Saúde, que é centro de referência no
tratamento de doenças e traumas ortopédicos de média e alta complexidades, onde
até hoje se encontra em cuidados médicos. A professora colocou gesso e só
retirou o material depois de dois meses. Atualmente, Ângela utiliza uma Bota Robocop
e faz fisioterapia.
A professora comentou sobre a
sua indignação, após o acontecimento. “De acordo com meus princípios, sei que
preciso amar pessoas que ficam pelas ruas cometendo crime como este. Significa
que alguma coisa falhou e está falhando na vida delas, embora não isente da
punição da lei; precisam pagar pelo que
fazem. Como professora a muitos anos, neste município, convivi com
famílias desestruturadas e escolas que poderiam oferecer melhores mudanças de
comportamento. Crianças precisam entender, desde cedo, o que prejudica o seu
próximo. O que é bom e o que é ruim e serem corrigidas e não largadas pelas
ruas, com o apoio dos pais, comprando para elas uma arma para ser colocada em
suas mãos: o cerol, a linha chilena. De onde vem o dinheiro? No meu caso não
foi uma criança que estava com a linha. Foi um jovem de 22 anos. Alguma coisa
falhou no caminho dele. Deveria estar trabalhando ou estudando ou fazendo algo
digno para ele e outros e não atrapalhar a minha vida. Se quisesse soltar pipa
com linha desse tipo deveria estar num lugar onde pessoas não passem.”, disse.
A professora comentou ainda sobre as atitudes que gostaria que as
autoridades tomassem. “É preciso que montem projetos nas escolas com relação a
um brinquedo que as crianças gostam, como a pipa, mostrando o perigo que
ocasiona a elas e aos outros, através da linha com cerol e a linha chilena e
que seus pais possam responder por crimes. Também é necessário que se crie leis
dando autoridade a qualquer cidadão para que quando passar por qualquer pessoa,
crianças, adolescentes, jovens, adultos soltando pipa, tenha o direito de
verificar a linha que está usando. E por último, faço o apelo para as
autoridades cuidarem de nossa gente com um atendimento na área da saúde, digno
ao cidadão. Vi como foi difícil, tendo como buscar socorro. Estou sem andar a
quase 4 meses. E aqui fica um pedido: Não solte mais pipa com linha cortante! é
crime! ”, concluiu Ângela.
TAdinha!!! Conheço muito esse casal e espero que estejam bem!
ResponderExcluirNossa Silas! Que coisa, meu amigo!!!
Beijos mil para vocês e tudo de bom!
Sei o que vc está passando. Quase vivi uma situação parecida. O que salvou a mim e o piloto da moto foi a antena. Tenho um filho de 10 anos que é louco para soltar pipa, porém eu não deixo por zelar pela vidadele e dos outros. Vejo as temporadas de pipa como um "vício em drogas", pois as pessoas ficam cegas: se colocam na frente de carros, se arriscam em fios de alta tensão e ainda fazem uso de materias perigosos a si mesmos e aos outros. Daí vai o meu recado para, assim como as drogas, a proibição das pipas e o início de conscientização, principalmente nas escolas para pais e alunos, dos riscos que as pipas oferecem, o que poderiam oferecer mudanças de comportamento em todos. Até mais.
ResponderExcluirTinha q existir uma punição séria para estas pessoas. Como Bombeiro militar, atuo como enfermeira socorrista da ambulancia, já via vários casos desses, chegando ao extremo de um óbito de uma criança de 9 anos por causa da maldita linha com cerol! Até qdo esse crime vai permanecer sem puniçãO? Isso não é um acidente...é um Crime!
ResponderExcluirESTE ACONTECIMENTO CRIMINOSO NUNCA MAIS DEVERIA ACONTECER SE NÃO FOSSE A IRRESPONSABILIDADE DE CERTOS PAIS E FILHOS. FORÇA PRIMA ANGELA!
ResponderExcluireu não consigo entender como os pais deixam seus filhos brincar se é que isso é uma brincadeira pra mim é crime.
ResponderExcluirforça Angela
te amamos muito
e providencias, autoridades lugar de crianças e na escolas e se tivesse trabalho para os maiores de 18 anos
ResponderExcluirnão teria esses tipos de acidentes principalmente com pipas , e agora de quem sera a responsabilidades .
a qui fala um pipeiro
ResponderExcluirQue absurdo amigos!Espero que a Angela já esteja melhor,depois de todo sufoco.Fiquem na paz.Beijo grande.
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