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Crédito: Thiago Lontra/Jornal Extra |
O Circo Social Baixada, projeto que há 10 anos ensina arte e cidadania a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, está prestes a terminar por falta de financiamento.A lona, erguida em 2002 na Vila Camorim, em Queimados, ajudou a transformar a região. Estima-se que em dez anos, cerca de cinco mil pessoas tenham sido beneficiadas pelo projeto, concebido pela fundação suíça "Terre des hommes", de apoio à infância e adolescência.
O programa oferecia todas as atividades de circo, além de percussão, teatro, artes plásticas, dança e cuidado com o meio ambiente a cerca de 200 crianças, mensalmente. Agora, restaram apenas o ensino das atividades de circo nas escolas chamado "Espaço que protege" e uma trupe com 15 adolescentes, que se apresentará no próximo dia 19 no teatro Raul Cortez, em Duque de Caxias com o espetáculo: "Brasil, a cara do mundo".
A coordenadora do projeto, Nilcelene Moreira, de 43 anos, afirma que o projeto de arte-educação, criado pela fundação, foi elaborado para durar dez anos. O repasse seria reduzido gradualmente e as atividades, assumidas pelo poder público, mas não foi o que aconteceu.
Foi no picadeiro que muitos amenizaram as dores da violência e de relações familiares frágeis. Leandro da Conceição, por exemplo, corre atrás do tempo perdido. Aos 18 anos, ele acabou de ingressar no 6º ano do Ensino Fundamental:
— O circo mudou minha vida. Poderia ser um traficante. O que vou fazer $o circo acabar? Não me imagino longe do picadeiro — lamenta ele.
Especialista em acrobacias de solo, Wanderson da Silva, de 18 anos, virou arte-educador no projeto, onde faz de tudo um pouco:
— Tinha dificuldade em conviver com as pessoas. Tinha complexo de inferioridade. No circo venci os meus piores medos e traumas.
Burocracia já dura um ano
Foi no circo que Aniele Marinho, de 24 anos, percebeu que a vida estava lhe dando uma segunda chance. O lugar era, literalmente, o trampolim que a levaria a um novo patamar.
Aniele foi morar na rua com a mãe, quando tinha apenas 5 anos. Aprendeu a pedir dinheiro e a vender balas para sobreviver.
Aos 16 anos, já era viciada em drogas e no projeto aprendeu que a vida pode oferecer muito mais:
— Pela primeira vez, me percebi fazendo parte de um todo — comenta ela, que concluiu os estudos e se tornou educadora social. Ela quer se tornar juíza da Vara da Infância.
Já Andreza Monteiro, de 17 anos, adora viver nas alturas. É com as pernas de pau que se realiza.
— Eu adoro me sentir grande —diz ela.
A coordenadora do Circo Social, Nilcelene Moreira, de 43 anos, diz que eles precisariam de R$ 16 a R$ 20 mil por mês:
— Existe o desejo da prefeitura em assumir o projeto. Mas, desde maio de 2010 que nada ultrapassa o nível do diálogo.
Em nota, a Prefeitura de Queimados informou que o processo está em andamento e precisará passar por licitação. A prefeitura não informou os valores que serão destinados ao Circo.
Fonte: Jornal Extra
Ué pq a prefeitura não passa a patrocinar o projeto do circo? afinal ela patrocina o Queimados F.C em troca de publicidade.. e esquece de patrocinar "algo mais social"
ResponderExcluirA PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEIMADOS PATROCINA ESTE PROJETO DESDE SETEMBRO DE 2012. VALE FICAR REGISTRADO!!!!!!!!!!
ResponderExcluirA Prefeitura Municipal de Queimados se encontra em parceria com o Circo Baixada desde setembro de 2012. Vale ficar o registro da consciência da prefeitura quanto a grandeza e importância do trabalho!!!
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